domingo, 19 de outubro de 2014

Ana Isabel Borges

Primeira entrevista no Dinis like the King e começa bem, começa com a Ana Isabel Borges um amor de pessoa mãe de dois mimos que abdicou de uma carreira profissional pelos filhos. Quem não queria também? Com 43 anos e como a Ana diz tem como profissão ser mãe a tempo inteiro.
Como decidiu ser mãe a tempo inteiro?

Trabalhava há 7 anos e meio como escriturária num escritório, quando engravidei do David e decidi, em conjunto com o meu marido, que queria ser mãe a tempo inteiro até ele fazer 3 aninhos e entrar para a pré-escola, iria acompanhar as suas várias fases e não tínhamos de pô-lo num infantário.
Quando o David fez os 3 anos, pensámos em engravidar de novo, mas nos exames que fiz antes de tentar engravidar, foram-me detectadas várias calcificações no peito esquerdo e entre exames, biópsias, espera de resultados e o ok para poder engravidar de novo, passaram quase 2 anos e por isso o David e a Gabriela têm 5 anos e 9 meses de diferença.
Não voltei a trabalhar, pois a intenção era a mesma… acompanhar a tempo inteiro a Gabriela nos primeiros 3 aninhos de vida e depois logo se via.
Embora ela já esteja na pré-escola desde os 2 anos e 9 meses, ainda
hoje me mantenho, por vontade e gosto, como mãe a tempo inteiro, estando disponível para eles a qualquer hora do dia, podendo levá-los e buscá-los à escola (até na hora de almoço, pois almoçam os 2 em casa) e às várias actividades que têm após o horário escolar.

Sou muito feliz por ter este privilégio de os acompanhar em todas as etapas pelas quais vão passando, pois eles são a minha vida!!!

Antes de saber o sexo do bebé já tinha preferência?

Não, não tínhamos preferência, era o primeiro e só queríamos que tudo corresse bem e que fosse saudável.



Foi "vitima" das tão famosas adivinhações populares (por exemplo mãe com cara bonita é menino, barriga redonda é menina...)


 Sim, fui. Era mais, barriga redonda menina, barriga bicuda menino… Alguns desses palpites foram certos e outros nem por isso ☺



Qual a sua reacção quando ficou a saber que ia ter um rapaz?
Ficámos muito felizes, mas se tivesse sido rapariga a felicidade tinha sido igual. Houve quem nos dissesse: “ainda bem que é menino, porque dá sorte quando o primeiro filho é rapaz”.


Como correu o parto?
Rebentaram-me as águas por volta das 7.00h da manhã e como não tinha dores, levantei-me e tomei duche. Decidimos chamar a ambulância em vez de ir de carro com o meu marido e lá fui eu a caminho do hospital local, porque é obrigatório as ambulâncias lá pararem antes de seguir para a maternidade mais próxima, que para nós é no Hospital S. Bernardo em Setúbal. No caminho começaram as contrações. Chegada ao hospital, fui encaminhada para a sala intermédia onde levei a epidural e aguardei a evolução da dilatação. Após algum tempo a parteira chamou a médica, que após verificar disse-me que ia necessitar da ajuda dos fórceps para o bebé nascer, pois ele entretanto “tinha subido”. O David nasceu às 13h. Infelizmente o meu marido não assistiu ao parto porque, por volta do meio-dia e pouco, uma enfermeira foi dizer-lhe para ele ir comer qualquer coisa porque o parto ainda estava demorado e quando ele voltou o David tinha acabado de nascer.


Sofreu dos chamados "babyblues"?


Não, não sofri de babyblues, apenas cansaço normal após o parto, até porque os primeiros dias foram um pouco difíceis devido às dores que sentia por causa dos pontos que tive de levar.

Como foi a escolha do nome?


Foi engraçado, pois a escolha definitiva foi feita num comboio em Lisboa, a caminho do nosso carro, após a ecografia morfológica e onde ficámos a saber o sexo do bebé. Tínhamos alguns nomes em mente, tanto de menino como de menina, muitas indecisões, mas após sabermos que ia ser menino, o nome David já não nos saiu da cabeça e como queríamos pôr-lhe um segundo nome, decidimos que se chamaria David Daniel, pois Daniel também era um dos nomes da nossa preferência.


Durante e após a gravidez recebeu comentários e dicas daqueles que ninguém tem paciência para ouvir?
Recebi sim, confesso que de algumas pessoas houve comentários e dicas que foram bem vindos, mas da maioria realmente não havia paciência que chegasse para os ouvir.

Quais?
Alguns tinham a ver com a amamentação, outros com o bebé ter de arrotar, as parecenças com a mãe e/ou pai, etc.


 Ele teve ciumes quando a mana nasceu?
Não, não teve ciúmes. Aceitou muito bem, até porque ele já pedia um mano ou mana há algum tempo. Ficou muito feliz com a chegada da mana Gabriela.


Que truques a Ana usou para a adaptação dos dois?
Desde o início que fizemos questão que o David participasse em certas coisas ainda antes do nascimento da mana: assistiu às ecografias, ajudou na escolha do nome (Gabriela Filipa), assim como na escolha de certas pecinhas de roupa.
Já depois da mana ter nascido, ajudava a dar-lhe banho, a vesti-la e várias outras coisas que o deixavam muito feliz.


Sentiu ou sente a tal sensação de "...e para menino não há mais nada?" ao entrar nas lojas de roupa?


Por vezes sim, principalmente aqui em Sines porque realmente não há muita escolha, mas deslocava-me a Setúbal ou Lisboa e aí já encontrava pecinhas giras e diferentes para menino.



Ser mãe de um menino é:
É um amor sem fim, é uma felicidade enorme, é tudo de bom… não há palavras suficientes para descrever… (mas claro que os sentimentos são os mesmos em relação a ser mãe de menina).

  

Muito obrigada Ana! 


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